sábado, 15 de maio de 2010

Agora é tarde. Inês é morta

Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com


Anos de reclamações e nenhum crédito. Nem ao menos eram ouvidos, reclamam unanimemente os comerciantes do Centro Histórico de Salvador, tratados sempre como desafetos políticos ao reivindicar algo.

Promessa de projetos, as famosas câmaras temáticas, onde os participantes saiam com a impressão de que só foram cumprir o papel de estar lá, pois as cartas já haviam sido distribuídas antes. . Uma melhora única - a iluminação, mas, mesmo assim ainda deficitária. Limpeza só o essencial. E o que todos clamavam, mais segurança, não acontecia.

E agora Wagner? É no final do seu governo que você espera que se acredite em alguma boa intenção? E porque tudo isso? Apenas porque foi Antonio Carlos Magalhães, o mentor da renovação do Centro Histórico? É muita mediocridade política.

Não faltaram avisos, pedidos. Há muito que o Centro Histórico pede socorro em vão. Foi preciso que Caetano Veloso, com sua sensibilidade, erguesse sua voz, ou melhor, sua caneta para apontar nacionalmente o que nós vivenciamos todo esse tempo. Foi preciso que alguém do mesmo partido que Wagner tivesse a coragem de dizer – Ops, isso não está certo. O Centro Histórico, Patrimônio da Humanidade, exige ser tratado com respeito. O povo merece que sua história seja preservada com dignidade.

Esse discurso de que os moradores antigos foram postos para fora em 1994 e que a reforma devia ser feita assim ou assada, cansou. Já se passaram 17 anos. Vamos mudar o disco. Faça melhor.

As luzes estão se apagando – agora Inês é morta!

Um comentário:

  1. O CHS só se tornará bom para o turista,
    quando for um ambiente adequado para o baiano.

    Rick Castro F2J

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