domingo, 23 de janeiro de 2011

A quem interessa Cesare Battisti

Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com

Alguns políticos brasileiros defendem Cesare Battisti com muita veemência. Fico à procura de algum motivo que explique essa posição. Será que ele tem algum conhecimento importante na área social, econômica, física ou química? O que ele já fez ao fará pelo Brasil que valha a pena mantê-lo aqui? Procuro por alguma contribuição de Battisti a nossa nação e não encontro nenhuma.

Acredito que como eu, todos os brasileiros, ou uma grande parte deles, também procura entender o posicionamento político de nosso país. O custo para manter o italiano preso, que com certeza não é pequeno, é pago pelo contribuinte brasileiro. Além disso, vemos nossa imagem arranhada.

Algumas autoridades brasileiras insistem em manter em território nacional um individuo julgado como criminoso na Itália, país democrático, que respeita as convenções de direitos humanos. Ao apagar das luzes Lula assinou a não extradição de Cesare Battisti, deixando o “abacaxi” para a presidente Dilma. A manutenção desse cidadão italiano em solo brasileiro virou jogo de empurra, sem explicação convincente de quais seriam os verdadeiros motivos da não extradição.

Alegar que Cesare Battisti é perseguido político, não convence ninguém. Significa dizer que a Itália não é um país democrático. Sem esquecer, também, que o parlamento europeu aprovou por 86 votos a 3 a solicitação que a Itália fez ao Brasil de extraditar Battisti. Por conseguinte, toda a Europa não é democrática na visão de, repito, alguns políticos brasileiros.

A única explicação que encontrei foi a ideológica – o fato de Battisti pertencer ao partido comunista e ter participado de luta armada na Itália. Isso teria atraído a empatia de pessoas que se identificam com a situação vivida pelo italiano.

Como brasileira, sinto vergonha e estou indignada de estar dando guarita a um individuo que assassinou quatro pessoas na Itália. Terrorismo é algo abominável. Matar pessoas inocentes é assassinato cruel, sem chance de defesa.

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