quarta-feira, 28 de julho de 2010

Área mais bem policiada da America latina

Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com

Grande parte das reclamações sobre a necessidade de maior número de policiais na área esbarra na afirmação da Secretaria de Segurança Pública, de que o Pelourinho é a região mais bem policiada da America latina. A “sensação de insegurança”, como é chamada pelo poder público em seu discurso oficial, provocada pelos “pequenos roubos” e abordagem excessiva, trouxe o êxodo dos visitantes da área, sejam eles soteropolitanos ou não.

Os vendedores, pseudo guias e pedintes, entre outros, incomodam qualquer transeunte, até mesmo os habitantes de Salvador que, em virtude disto, evitam também a região sendo apontado como grande fator negativo pelos turistas, em pesquisa realizada por estudantes da Faculdade 2 de Julho.

Importunados e roubados, os visitantes se afastam provocando conseqüências geométricas negativas para o setor econômico do turismo que emprega, direta e indiretamente, milhares de pessoas, não apenas moradores do centro, mas, também, da periferia de Salvador.

O fato de o turismo ser um fator que provoca a convergência de marginais de todos os bairros de Salvador para as regiões freqüentadas por turistas, por serem alvos fáceis, é totalmente esquecido. Renner Massa, comerciante da Praça da Sé, diz que os marginais ficam pacientemente aguardando para efetuar o furto, até o momento em que um dos poucos policiais que trabalham na área se distraia ou tenha alguma necessidade fisiológica.

Já Michell Stampaert, proprietário de um café na região, lembra que todos os marginais que agem no Centro Histórico já foram apresentados à DELTUR – Delegacia de Proteção ao Turista. O comerciante diz não entender porque eles continuam agindo livremente – “São sempre os mesmos”, desabafa.

A vitima, depois de roubada, revoltada e indignada, na maioria das vezes não consegue nem mesmo explicar o que aconteceu. “Mas, em seu país, em sua cidade, todos os seus amigos e conhecidos serão devidamente informados da experiência negativa vivida na cidade”, lembra Michell.

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