sábado, 26 de junho de 2010

Quem é mesmo irracional?

Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com

Os animais não têm culpa, são vítimas até mesmo quando fazem vítimas. Os seres humanos são os responsáveis por seus bichos e são os mentores das ações dos mesmos. São os homens que os ensinam e “educam” para exercer diversas atividades.

Os bichos são utilizados para finalidades nobres - equinos exercem muitos trabalhos; cães ajudam a cegos, exercem salvamentos em deslizamentos, ajudam na aplicação da lei, em ações com a policia, vigiam espaços; gatos controlam pragas urbanas, são dóceis e carinhosos; animais trazem alegrias a enfermos e, são tantas outras atividades que, provavelmente, dariam para preencher algumas laudas, se fosse enumerar como o ser humano utiliza os animais de uma forma decente e respeitosa.

Infelizmente, existem pessoas que não possuem nenhuma sensibilidade e não conseguem reconhecer a responsabilidade e o sentimento que envolve a posse de um animal. Utilizam esses seres na prática do mal e não reconhecem nele um ser vivo que sofre e sente dor. É sempre revoltante quando se verifica como o ser humano é capaz de maltratar um animal, seja ele qual for.

Na madrugada do dia 18 de junho, mais uma vez, a Praça da Sé em Salvador, foi palco de cenas degradantes. Como já denunciado nesse blog e a representantes da Policia Militar, que atua na área, fomos obrigados a presenciar mais uma cena de selvageria, causada por:

Primeiro - pela falta do cumprimento da lei, que obriga os proprietários de cães de grande porte a andarem na rua com esses animais munidos de focinheira. Mas, no entanto, cachorros passam por policiais, impassíveis, que não tomam nenhuma atitude sobre o assunto. São omissos ou será que desconhecem a legislação?

Segundo - pelo poder público, que deixa animais nas ruas da cidade entregues a sua própria sorte, tornando-os alvos de pessoas inescrupulosas e cruéis, para serem atropeladas ou mesmo provocarem acidentes. Esses animais sobrevivem da bondade de algumas pessoas, que lhes fornecem alimento, e do trabalho diversas ONG’s, que se dedicam a amenizar o sofrimento deles.

Resultado da soma desses dois fatores: um “cidadão” tem um pit bull sob seu domínio e incita o animal a caçar gatos. Isso vem acontecendo no coração da cidade, em plena Praça da Sé. Não é a primeira vez, tão pouco a única pessoa a fazer isso. Se o poder público, acredito que o Ministério Público, não tomar uma atitude, continuaremos a ser testemunhas de cenas como a que pode ser visualizada no filme em anexo.

Detalhe – o cachorro já é cego de um olho, vítima de um gato. Perceba que o animal não ataca de imediato por medo do felino. Foi necessário que o dono incitasse, batendo no cão para que ele pegasse o gato.

Moradores e transeuntes, revoltados com a situação, pressionaram os policiais presentes para que o proprietário do cão fosse conduzido à delegacia. O delegado plantonista, ao verificar a ficha do “cidadão”, constatou que o mesmo já possui oito passagens pela delegacia e responde a seis processos, inclusive tráfico de drogas.

Façam, cada um de nós um pouco. Tenham posse responsável de seus animais e no caso de presenciarem abusos, denunciem. Não podemos admitir que, em pleno século XXI, sejamos obrigados a conviver com verdadeiros “animais”, que se utilizam da irracionalidade de “colegas” para praticar o mal.

Um comentário:

  1. Isso era uma coisa que eu não sabia. Realmente essa situação é triste, pois o animal não sabe o que está fazendo, ele está sendo condicionado para tal atitude. Animal mesmo é esse homem que se diz racional e faz uma coisa dessas...

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