terça-feira, 15 de junho de 2010

E nada mudou...

Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com

Quando o cantor Caetano Veloso divulgou, em rede nacional, crítica a atual situação de abandono em que se encontra o Centro Histórico de Salvador, o fato reacendeu o interesse da mídia pelo local, ícone do turismo do estado, reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Em 2006, a ACOPELÔ – Associação dos Comerciantes do Centro Histórico – já havia protagonizado, na Câmara dos Vereadores da Cidade de Salvador, uma Sessão Especial, no intuito de chamar a atenção dos poderes públicos sobre os problemas enfrentados na região. Nessa sessão, comerciantes e moradores, munidos de documentação fotográfica, leram um texto de cinco laudas, nos quais descreviam a situação da área.

Apesar dos apelos, nenhuma providência foi tomada pelo poder público.

Ao assumir a Secretaria de Cultura do Estado, Márcio Meirelles, declarou que o Centro Histórico, deveria se tornar um bairro como outro qualquer. Os moradores e comerciantes protestaram e tentaram dialogar, apontando para a importância cultural e econômica da região. O discurso e as ações do secretário Márcio Meirelles não mudaram. Os interlocutores que criticavam a visão do gestor eram e são ainda, colocadas como criticas de cunho político, lembra Lener, Presidente da Acopelô.

“Infelizmente o Centro Histórico foi relegado ao campo político, faltando o reconhecimento de sua importância cultural, social e econômica”, reclama Lener. As reclamações endereçadas ao governo atual foram sempre vistas como fatos políticos. Faltaram aos gestores o discernimento e a visão, para reconhecer a dimensão do assunto e ouvir os atores do Centro Histórico, que são os maiores conhecedores e interessados no desenvolvimento da região, de acordo com Lener.

“Gastaram-se muito com projetos, câmaras temáticas, encontros com convidados internacionais e, o mais importante, o que todos clamavam – segurança - não foi atendido”, conclui o Presidente da Acopelô.

Um comentário:

  1. " Tudo como dantes no quartel de abrantes "

    Essa metáfora faz uma alusão
    no que persiste ocorrer no CHS,
    nada muda.

    Ainda temos que ouvir o Secretário
    querer impôr que o Pelourinho
    é outro bairro como outro qualquer, (risos).

    Ricardo F2J

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