Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com
Quando o cantor Caetano Veloso divulgou, em rede nacional, crítica a atual situação de abandono em que se encontra o Centro Histórico de Salvador, o fato reacendeu o interesse da mídia pelo local, ícone do turismo do estado, reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Em 2006, a ACOPELÔ – Associação dos Comerciantes do Centro Histórico – já havia protagonizado, na Câmara dos Vereadores da Cidade de Salvador, uma Sessão Especial, no intuito de chamar a atenção dos poderes públicos sobre os problemas enfrentados na região. Nessa sessão, comerciantes e moradores, munidos de documentação fotográfica, leram um texto de cinco laudas, nos quais descreviam a situação da área.
Apesar dos apelos, nenhuma providência foi tomada pelo poder público.
Ao assumir a Secretaria de Cultura do Estado, Márcio Meirelles, declarou que o Centro Histórico, deveria se tornar um bairro como outro qualquer. Os moradores e comerciantes protestaram e tentaram dialogar, apontando para a importância cultural e econômica da região. O discurso e as ações do secretário Márcio Meirelles não mudaram. Os interlocutores que criticavam a visão do gestor eram e são ainda, colocadas como criticas de cunho político, lembra Lener, Presidente da Acopelô.
“Infelizmente o Centro Histórico foi relegado ao campo político, faltando o reconhecimento de sua importância cultural, social e econômica”, reclama Lener. As reclamações endereçadas ao governo atual foram sempre vistas como fatos políticos. Faltaram aos gestores o discernimento e a visão, para reconhecer a dimensão do assunto e ouvir os atores do Centro Histórico, que são os maiores conhecedores e interessados no desenvolvimento da região, de acordo com Lener.
“Gastaram-se muito com projetos, câmaras temáticas, encontros com convidados internacionais e, o mais importante, o que todos clamavam – segurança - não foi atendido”, conclui o Presidente da Acopelô.
terça-feira, 15 de junho de 2010
E nada mudou...
Marcadores:
Acopelô,
câmaras temáticas,
Centro Histórico,
Pelourinho,
Salvador,
segurança
Assinar:
Postar comentários (Atom)
" Tudo como dantes no quartel de abrantes "
ResponderExcluirEssa metáfora faz uma alusão
no que persiste ocorrer no CHS,
nada muda.
Ainda temos que ouvir o Secretário
querer impôr que o Pelourinho
é outro bairro como outro qualquer, (risos).
Ricardo F2J