Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com
Entra ano sai ano e tudo se repete. As manchetes dos jornais, o noticiário das rádios e televisões, sempre a mesma coisa. Inclusive a mesma realidade: a tragédia que se abateu sobre o Rio, em poucos meses, vai para a gaveta do esquecimento. É brutal, mas vai ser assim. Ninguém mais fala sobre as enchentes e mortes em Itajaí, nas mortes de Paraty, ou dos últimos deslizamentos, ano passado, no Rio, entre outras tantas catástrofes ditas “naturais”.
Só que uma grande parte é culpa nossa. De omissões e descaso do poder público, da falta de políticas públicas com saneamento, moradias, transporte, urbanização, entre diversos outros itens responsáveis por uma qualidade de vida e, porque não dizer, cidadania.
Continuamos invadindo as encostas dos morros, as várzeas dos rios, que são transformados em esgoto. Ocupamos as praias. Derrubamos árvores, entupimos lagoas, concretamos e asfaltamos tudo. A terra nas cidades já não respira. Sufoca.
Amontoados de casas penduradas nas encostas fazem parte da realidade brasileira. Casebres nascem, a cada dia, como se brotassem do chão como cogumelos. Primeiro, construções em papelão, plásticos ou similares, depois bloco, e, em pouco tempo laje com primeiro e segundo andar.
O poder público assiste a tudo. A sociedade não cobra. A classe dominante não liga. E quando chega a oportunidade de mudar através do voto, o povo se deixa iludir. E, aí, tudo retorna ao problema principal – educação.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Tragédia anunciada - Já ouvi isso antes.
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Com certeza não é mais nenhuma novidade
ResponderExcluirtragédias como essa se repetirem. E ainda bem que existe pessoas como vc, com essa visão persistente da realidade de não deixarem passar " batido " assuntos tão delicados.
Rick Castro - F2J