Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com
Há mais de 10 anos o sistema de cotas para ingresso nas universidades brasileiras é lei e tema de discussão. O assunto se tornou uma grande polêmica, fornecendo estopim para debates calorosos, solicitação de liminares dos prejudicados pelo sistema e, até agora, não existe um consenso sobre o assunto.
A explicação para implantação de cotas não convence e não justifica que, em um país multirracial, a população seja obrigada a definir a que etnia pertence. O que define isso? Porque uma pessoa é obrigada a optar pela raça A, B, C ou D? A quem cabe esta decisão? Quais os parâmetros utilizados para tanto?
Fomos testemunha, através da mídia, de dois irmãos que fizeram opções diferentes e, como premio, o que optou por se declarar negro entrou na faculdade pelo sistema de cotas, enquanto o outro não.
Pessoalmente, considero toda essa situação um desvio do que deveria ser o foco principal do problema: a qualidade do ensino nas escolas públicas brasileira. Esse, sim, é o verdadeiro calcanhar de Aquiles.
Igualdade se faz a partir da educação e não de cotas. Igualdade se faz com oportunidades iguais para todos.
Se todo nosso esforço, ao longo desses mais de 10 anos, fosse voltado para a melhoria da educação, provavelmente, em pouco tempo, seria possível efetivar o sonho da igualdade ou, ao menos, minimizar as diferenças socioeconômicas brasileira. Miséria, pobreza e a falta de oportunidades, não têm etnia, não tem cor. O que tem é a falta de políticas públicas e os respectivos investimentos necessários à educação.
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O propósito das " cotas " segundo o governo era um método temporário para inclusão das pessoas que são afro-descendentes, porém já passaram 10 anos e a mesma continua, no lugar de sanar o preconceito,investir na educação de base, aumentar o número de universidades públicas para quando os alunos terminarem o colégio na rede pública entrarem direto.
ResponderExcluirUm tema muito polêmico que vale a pena sempre ser debatido...Muito bom !
Perfeito, concordo, você foi muito feliz quando escolheu esse tema para escrever, pois muita gente também pensa como nós, mas não tem coragem de expressar suas convicções sobre algo tão polemico.
ResponderExcluirParabéns