quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Rodson Lima – o super sincero

Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com

A noticia foi vinculada no horário nobre da Globo. Ouvi e re-ouvi a noticia sem entender por qual motivo ela estava impactando tanto. Não se trata de mentira, não se trata de nenhuma novidade.

Qual o pecado de Rodson Lima? Ele simplesmente disse a verdade que, todos nós conhecemos e, hipocritamente fazemos de conta que não sabemos. O vereador do PP de Taubaté, disse apenas o que os outros políticos não querem tornar público – que todos os políticos, sem exceção, a começar pela base, que são os vereadores, têm vida de príncipe financiada pelo erário público.

Não importa de qual partido político ele é - todos usufruem das mesmas mordomias incapazes de uma atitude ética de mudar o sistema. Depois de eleitos, se afastam da população não mais participando do cotidiano do povo que, supostamente, representam. Transporte público? – Nem pensar. Andar na rua? – Nunca. Frequentar postos e hospitais de saúde pública? – Jamais. Passam a um mundo diferenciado.

Os políticos distribuem migalhas, alguns favores, sorrisos, vão a eventos sociais, sobem em palanques, sempre como obrigações políticas e com discursos eleitoreiros. O povo aceita a situação e continua elegendo esses políticos em virtude da falta de conhecimento e opção. A população enxerga essas atitudes como normais e inerentes aos cargos que eles estão ocupando.

O eleitor não sabe que aqui, como em outros países, as coisas são ou podem ser diferentes. Não sabe, por exemplo, que o prefeito de Nova York vai trabalhar utilizando o transporte público - metrô. Não sabe que existem cidades no mundo nas quais os vereadores não recebem salários. Eles trabalham por convicção e lutam por uma sociedade mais justa e mais ética.

E Ética – essa é a palavra chave esquecida dos manuais da política brasileira e totalmente desconhecida dos nossos políticos. O eleitor precisa tomar conhecimento dessa situação vergonhosa e cobrar dos seus representantes. Não crucificando um único político que, por pura ingenuidade ou ignorância, declarou que “tenho uma vida de príncipe, graças aos eleitores”.

Ele só falou a verdade! A quem foi mesmo que incomodou? Cadê os outros?

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