domingo, 21 de novembro de 2010

Preconceito econômico

Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com

O PIB brasileiro divulgado pelo IBGE mostra a grande disparidade na distribuição de renda no Brasil. Não apenas desigual em se tratando de pessoas. É também, e, principalmente regional. O Distrito Federal tem a maior renda brasileira R$ 45.977,59, mais que o dobro da segunda maior renda per capita brasileira que é de R$21.182,68. E sabem em qual região está esta renda? – na sudeste, claro. Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais fazem parte deste circulo privilegiado.

A região nordeste é a detentora da menor renda per capita do Brasil com apenas R$ 7.487,55, ou seja, praticamente três vezes menor que a renda da região sudeste e seis vezes menor que a campeã brasileira – o Distrito Federal.

Há alguns anos, o nordeste brasileiro era conhecido nacionalmente pelo chamado “voto de cabresto” em alusão ao poder de uma classe dominante sobre o povo. Hoje, continuamos com a mesma falta de políticas publicas voltada para o desenvolvimento da região, o que se encontra espelhado nesses números. A consequência é que somos campeões em recebimentos de cesta básica e bolsa escola. Somos campeões de miséria e pobreza. Ou seja, somos campeões em recebimentos de esmolas.

Faltam incentivos para a instalação de indústrias de transformação empregar e formar uma mão de obra especializada e capaz de atender tal demanda. O nordeste brasileiro não pode continuar no papel de fornecedor de insumos e mão de obra para as fabricas do sul do país.

O preconceito tem aqui seu primeiro e decisivo passo. O que esperar de uma população que vive em uma situação tão diferente das outras regiões brasileiras?

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