Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com
Uma única cadela pode gerar até 600 descendentes e uma gata até 2000, em apenas dois anos de existência. Essa enorme quantidade de animais, que em grande parte são abandonados nas ruas por seus donos, sofre todo tipo de maus-tratos, e a única forma de controlar essa crescente população é através da esterilização das fêmeas e da educação da população, visando uma posse responsável, explica a ONG Célula Mãe.
Maltratar animal é crime previsto no artigo 32 da Lei Federal nº 9.605 de 1998, que disciplina os crimes ambientais. O contraventor pode ser punido com detenção que vai de 3 meses a 1 ano e multa. Reforçando essa lei, existe o decreto Federal 24.645/34, que reza em seu artigo 1º que todos os animais existentes no país são tutelados pelo Estado.
Mas, não apenas os animais correm risco nas ruas. O ser humano é diretamente ameaçado por esses animais que, sem os devidos cuidados, tornam-se transmissores de diversas doenças, entre elas, a raiva e a leishimaniose.
Prevenindo a proliferação de cães e gatos, existem diversas ONG’s que fazem um árduo e dispendioso trabalho nas ruas, principalmente em regiões mais pobres da cidade. Infelizmente, as organizações reclamam que não recebem auxílio financeiro da Prefeitura de Salvador e apenas uma ONG tem pequena ajuda da Secretária de Saúde do Estado (SESAB), o que vem dificultando os trabalhos dessas organizações como a vacinação, esterilização e recolhimento de animais das ruas de Salvador.
A prefeitura oferece o serviço gratuito de esterilização de pequenos animais em uma única clínica conveniada. É a “Vida Animal”, situada em Amaralina. O proprietário do animal, interessado no serviço de castração, deve ligar para o 160 (disque saúde), e anotar o número de protocolo agendando o dia em que deve ir ao Centro de Controle de Zoonose Municipal, que fica na Vasco da Gama, 4209. Na data marcada, precisa comparecer ao complexo, onde, após fazer um cadastro, recebe a autorização para levar seu animal à clinica veterinária, em Amaralina.
Além da pouca divulgação, esse procedimento dificulta, ou até mesmo inviabiliza, que a população leve seus animais dos subúrbios até o local da cirurgia, por não contarem com transporte de ida e volta para os mesmos. As organizações de proteção animal questionam quanto a dificuldade, enfrentada por pessoas carentes, de levar uma cadela de 20 ou 30 quilos a Amaralina e trazê-la de volta recém-operada, ou até mesmo o transporte de uma gata sem material adequado.
Já a Célula Mãe, através de convênio de cooperação com a SESAB, consegue esterilizar até 300 animais por mês, em bairros carentes de Salvador e região metropolitana. “Organizamos mutirões nos bairros, buscamos os animais e devolvemos ao mesmo local depois de operados”, informa Janaína Rios, presidente da ONG.
Esse número de castrações é, sem dúvida, muito baixa em virtude do grande espaço geográfico e quantidade de animais existentes. Estima-se que a população de animais de rua, apenas em Salvador, chegue a 70 mil, esclarece Ana Claudia Almeida, presidente da ONG Animalviva que, através de doações de particulares, consegue esterilizar, mensalmente, alguns cães e gatos, além de realizar programas de conscientização dos direitos dos animais, em escolas e associações da periferia.
Para entrar em contato:
Prefeitura de Salvador ligue Disque Saúde 160
ONG Celula Mãe acesse www.celulamae.org.br
ONG Animal Viva acesse www.animalviva.org
Abrigo São Francisco de Assis acesse http://www.abpabahia.org.br/
sábado, 9 de outubro de 2010
Castrar é única opção para diminuir população
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Agradecimento da comunidade do bairro do Stiep. Pelas informações prestadas através deste blog.
ResponderExcluirE a toda equipe do celulamãe que realizou varias castraçoes de animais no bairro
Parabens.