Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com
Comerciantes, moradores e mesmo os policiais, são unânimes em afirmar que mais de 50% dos delitos contra os visitantes do Centro Histórico não são registrados. O furto de uma corrente, geralmente com grande carga emotiva para o proprietário, uma máquina fotográfica subtraída, não justifica que a vitima, além do sofrimento da perda, passe de uma a duas horas em uma delegacia, principalmente sabendo que jamais recuperará o objeto furtado.
Além disso, existe o fato do turista estrangeiro ter dificuldade de comunicação e permanecer um curto período na cidade. Os marginais sabem que a vitima vai embora e nunca mais volta à região, deixando espaço para eles agirem sem medo. José Guimarães, morador da região afirma que o meliante retorna, às vezes, após alguns minutos ao local do furto. Ele também esclarece que, já no caso de ser morador ou comerciante da área, o ladrão corre o risco de ser reconhecido depois. Esse é o principal motivo da não ação contra os mesmos.
Através desta lógica, percebe-se que não é possível estabelecer estatisticamente o número de delitos do Centro Histórico de Salvador. Além disso, é muito fácil afirmar que são apenas “pequenos delitos”, quando não se é vitima. Mas, ninguém viaja por vezes milhares de quilômetros para ser alvo desses “pequenos delitos”. Ninguém pagou tão caro para ficar prisioneiro em um hotel. O turista quer andar na rua, vivenciar a atmosfera, o cotidiano de um povo, sua cultura.
sábado, 14 de agosto de 2010
Estatística não condiz com a realidade
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