Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com
Os animais não têm culpa, são vítimas até mesmo quando fazem vítimas. Os seres humanos são os responsáveis por seus bichos e são os mentores das ações dos mesmos. São os homens que os ensinam e “educam” para exercer diversas atividades.
Os bichos são utilizados para finalidades nobres - equinos exercem muitos trabalhos; cães ajudam a cegos, exercem salvamentos em deslizamentos, ajudam na aplicação da lei, em ações com a policia, vigiam espaços; gatos controlam pragas urbanas, são dóceis e carinhosos; animais trazem alegrias a enfermos e, são tantas outras atividades que, provavelmente, dariam para preencher algumas laudas, se fosse enumerar como o ser humano utiliza os animais de uma forma decente e respeitosa.
Infelizmente, existem pessoas que não possuem nenhuma sensibilidade e não conseguem reconhecer a responsabilidade e o sentimento que envolve a posse de um animal. Utilizam esses seres na prática do mal e não reconhecem nele um ser vivo que sofre e sente dor. É sempre revoltante quando se verifica como o ser humano é capaz de maltratar um animal, seja ele qual for.
Na madrugada do dia 18 de junho, mais uma vez, a Praça da Sé em Salvador, foi palco de cenas degradantes. Como já denunciado nesse blog e a representantes da Policia Militar, que atua na área, fomos obrigados a presenciar mais uma cena de selvageria, causada por:
Primeiro - pela falta do cumprimento da lei, que obriga os proprietários de cães de grande porte a andarem na rua com esses animais munidos de focinheira. Mas, no entanto, cachorros passam por policiais, impassíveis, que não tomam nenhuma atitude sobre o assunto. São omissos ou será que desconhecem a legislação?
Segundo - pelo poder público, que deixa animais nas ruas da cidade entregues a sua própria sorte, tornando-os alvos de pessoas inescrupulosas e cruéis, para serem atropeladas ou mesmo provocarem acidentes. Esses animais sobrevivem da bondade de algumas pessoas, que lhes fornecem alimento, e do trabalho diversas ONG’s, que se dedicam a amenizar o sofrimento deles.
Resultado da soma desses dois fatores: um “cidadão” tem um pit bull sob seu domínio e incita o animal a caçar gatos. Isso vem acontecendo no coração da cidade, em plena Praça da Sé. Não é a primeira vez, tão pouco a única pessoa a fazer isso. Se o poder público, acredito que o Ministério Público, não tomar uma atitude, continuaremos a ser testemunhas de cenas como a que pode ser visualizada no filme em anexo.
Detalhe – o cachorro já é cego de um olho, vítima de um gato. Perceba que o animal não ataca de imediato por medo do felino. Foi necessário que o dono incitasse, batendo no cão para que ele pegasse o gato.
Moradores e transeuntes, revoltados com a situação, pressionaram os policiais presentes para que o proprietário do cão fosse conduzido à delegacia. O delegado plantonista, ao verificar a ficha do “cidadão”, constatou que o mesmo já possui oito passagens pela delegacia e responde a seis processos, inclusive tráfico de drogas.
Façam, cada um de nós um pouco. Tenham posse responsável de seus animais e no caso de presenciarem abusos, denunciem. Não podemos admitir que, em pleno século XXI, sejamos obrigados a conviver com verdadeiros “animais”, que se utilizam da irracionalidade de “colegas” para praticar o mal.
sábado, 26 de junho de 2010
terça-feira, 15 de junho de 2010
E nada mudou...
Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com
Quando o cantor Caetano Veloso divulgou, em rede nacional, crítica a atual situação de abandono em que se encontra o Centro Histórico de Salvador, o fato reacendeu o interesse da mídia pelo local, ícone do turismo do estado, reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Em 2006, a ACOPELÔ – Associação dos Comerciantes do Centro Histórico – já havia protagonizado, na Câmara dos Vereadores da Cidade de Salvador, uma Sessão Especial, no intuito de chamar a atenção dos poderes públicos sobre os problemas enfrentados na região. Nessa sessão, comerciantes e moradores, munidos de documentação fotográfica, leram um texto de cinco laudas, nos quais descreviam a situação da área.
Apesar dos apelos, nenhuma providência foi tomada pelo poder público.
Ao assumir a Secretaria de Cultura do Estado, Márcio Meirelles, declarou que o Centro Histórico, deveria se tornar um bairro como outro qualquer. Os moradores e comerciantes protestaram e tentaram dialogar, apontando para a importância cultural e econômica da região. O discurso e as ações do secretário Márcio Meirelles não mudaram. Os interlocutores que criticavam a visão do gestor eram e são ainda, colocadas como criticas de cunho político, lembra Lener, Presidente da Acopelô.
“Infelizmente o Centro Histórico foi relegado ao campo político, faltando o reconhecimento de sua importância cultural, social e econômica”, reclama Lener. As reclamações endereçadas ao governo atual foram sempre vistas como fatos políticos. Faltaram aos gestores o discernimento e a visão, para reconhecer a dimensão do assunto e ouvir os atores do Centro Histórico, que são os maiores conhecedores e interessados no desenvolvimento da região, de acordo com Lener.
“Gastaram-se muito com projetos, câmaras temáticas, encontros com convidados internacionais e, o mais importante, o que todos clamavam – segurança - não foi atendido”, conclui o Presidente da Acopelô.
magdakaufmann@hotmail.com
Quando o cantor Caetano Veloso divulgou, em rede nacional, crítica a atual situação de abandono em que se encontra o Centro Histórico de Salvador, o fato reacendeu o interesse da mídia pelo local, ícone do turismo do estado, reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Em 2006, a ACOPELÔ – Associação dos Comerciantes do Centro Histórico – já havia protagonizado, na Câmara dos Vereadores da Cidade de Salvador, uma Sessão Especial, no intuito de chamar a atenção dos poderes públicos sobre os problemas enfrentados na região. Nessa sessão, comerciantes e moradores, munidos de documentação fotográfica, leram um texto de cinco laudas, nos quais descreviam a situação da área.
Apesar dos apelos, nenhuma providência foi tomada pelo poder público.
Ao assumir a Secretaria de Cultura do Estado, Márcio Meirelles, declarou que o Centro Histórico, deveria se tornar um bairro como outro qualquer. Os moradores e comerciantes protestaram e tentaram dialogar, apontando para a importância cultural e econômica da região. O discurso e as ações do secretário Márcio Meirelles não mudaram. Os interlocutores que criticavam a visão do gestor eram e são ainda, colocadas como criticas de cunho político, lembra Lener, Presidente da Acopelô.
“Infelizmente o Centro Histórico foi relegado ao campo político, faltando o reconhecimento de sua importância cultural, social e econômica”, reclama Lener. As reclamações endereçadas ao governo atual foram sempre vistas como fatos políticos. Faltaram aos gestores o discernimento e a visão, para reconhecer a dimensão do assunto e ouvir os atores do Centro Histórico, que são os maiores conhecedores e interessados no desenvolvimento da região, de acordo com Lener.
“Gastaram-se muito com projetos, câmaras temáticas, encontros com convidados internacionais e, o mais importante, o que todos clamavam – segurança - não foi atendido”, conclui o Presidente da Acopelô.
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segunda-feira, 7 de junho de 2010
Segurança – a pior nota do Brasil
Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com
No ano de 2009, o Brasil ficou no 45º lugar no ranking mundial de competitividade do turismo, em pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial (FEM) e, em relação aos países Americanos, ficou com o 5º lugar. No total, foram analisados 133 países do mundo, em diversos itens, entre eles segurança. Neste quesito, o Brasil amargou a posição 130º, atrás de países como África do Sul e Rússia.
Vale, ainda, ressaltar que o Brasil, em quesito de recursos naturais, ficou em 2º lugar e ocupou a 14º posição no fator que se refere recursos culturais, na avaliação geral.
Esse resultado vem reafirmar o potencial brasileiro para o desenvolvimento da indústria do turismo no país, necessitando que os governos invistam, urgentemente, em segurança.
Recorde através do turismo internacional
Enquanto o país festejou uma entrada recorde de dólares através do turismo internacional, em 2008, segundo dados do Instituto Brasileiro de Turismo, o Centro Histórico de Salvador amargou uma triste fase. Diversos estabelecimentos comerciais fecharam as portas definitivamente ou migraram para outras regiões.
A tabela abaixo mostra o crescimento dos gastos de turistas estrangeiros no Brasil entre 2003 e 2008, segundo o Banco Central:

O turismo como atividade econômica, geradora de emprego e renda, merece mais cuidado dos gestores e, o Centro Histórico de Salvador é ponto de convergência dos turistas. É para lá que os visitantes se dirigem em busca dos museus, para se deliciar em um dos restaurantes, ouvir música, permanecer na atmosfera de um dos seus hotéis ou pousadas, ou simplesmente andar pelas ruas seculares.
magdakaufmann@hotmail.com
No ano de 2009, o Brasil ficou no 45º lugar no ranking mundial de competitividade do turismo, em pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial (FEM) e, em relação aos países Americanos, ficou com o 5º lugar. No total, foram analisados 133 países do mundo, em diversos itens, entre eles segurança. Neste quesito, o Brasil amargou a posição 130º, atrás de países como África do Sul e Rússia.
Vale, ainda, ressaltar que o Brasil, em quesito de recursos naturais, ficou em 2º lugar e ocupou a 14º posição no fator que se refere recursos culturais, na avaliação geral.
Esse resultado vem reafirmar o potencial brasileiro para o desenvolvimento da indústria do turismo no país, necessitando que os governos invistam, urgentemente, em segurança.
Recorde através do turismo internacional
Enquanto o país festejou uma entrada recorde de dólares através do turismo internacional, em 2008, segundo dados do Instituto Brasileiro de Turismo, o Centro Histórico de Salvador amargou uma triste fase. Diversos estabelecimentos comerciais fecharam as portas definitivamente ou migraram para outras regiões.
A tabela abaixo mostra o crescimento dos gastos de turistas estrangeiros no Brasil entre 2003 e 2008, segundo o Banco Central:

O turismo como atividade econômica, geradora de emprego e renda, merece mais cuidado dos gestores e, o Centro Histórico de Salvador é ponto de convergência dos turistas. É para lá que os visitantes se dirigem em busca dos museus, para se deliciar em um dos restaurantes, ouvir música, permanecer na atmosfera de um dos seus hotéis ou pousadas, ou simplesmente andar pelas ruas seculares.
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