segunda-feira, 20 de junho de 2011

ONG’s e voluntárias amenizam sofrimento de animais de rua

Texto e imagens Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com

Está previsto para o próximo mês de julho, mais um mutirão de castração de animais no Centro Histórico de Salvador. O último foi em fevereiro, quando veterinárias inglesas que colaboram com a ONG (organização não governamental) Animalviva, esterilizaram 16 gatas.

Ana Claudia, presidente da Animalviva, relata as diversas dificuldades e a falta de verba para operar mais animais de rua. “Tudo custa caro. São anestesias, linhas de sutura, antibióticos e vacinas anti-rábicas. Não recebemos nenhuma ajuda municipal ou estadual e dependemos exclusivamente das doações de particulares.” Ana Claudia ainda pede que se possível, essas doações sejam em forma de material e tempo disponível para ajudar na captura e alimentação dos bichos.

A protetora e colaboradora Silvia Vannucci, que também é guia de turismo, conhecendo a realidade do Pelourinho, afirma “se não fosse o trabalho de ONG’s e das voluntárias que protegem e alimentam esses animais de rua, a situação estaria bem pior. A reprodução desses cães e gatos é geométrica”, lembra Silvia e continua indignada com a falta de respeito para com os animais. “Muitas pessoas maltratam bichos e esquecem que animais sentem dor como nós – algumas acham inclusive que deveria se retirar os animais de rua, mas colocar aonde? E o que é melhor: gato ou rato?” - pergunta Silvia.

Em 7 de outubro de 2010, o Jornal A Tarde, denuncia que existiam nesta data, aproximadamente 60 mil animais nas ruas da cidade de Salvador. Esse número poderia ser bem maior, pois conforme a ONG Célula Mãe, uma única cadela pode gerar até 600 descendentes e uma gata 2.000 em apenas dois anos de existência. “Essa situação demonstra a importância de trabalhos de castração dos animais de rua visando um controle populacional” – informa Janaína presidente da ONG.

As diversas organizações não governamentais dedicadas aos animais não humanos da cidade promovem feiras de adoções para conseguir um lar adequado a diversos cães e gatos recolhidos nas ruas, inclusive filhotes. Além disso, todas elas procuram conscientizar a população sobre a posse responsável e os cuidados no trato com animais.

Mesmo assim, encontram-se diversos animais abandonados e literalmente jogados à própria sorte nas ruas da cidade. Até mesmo animais de grande porte como cavalos, vagam por alguns bairros de Salvador, somando riscos à população e ao trânsito.

Em 2004 foi firmado um Termo de Ajuste de Conduta entre a Prefeitura de Salvador e a Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público, visando o estabelecimento de normas no trato do assunto em pauta. Esse TAC ainda aguarda cumprimento.

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