Texto Magda Kaufmann
magdakaufmann@hotmail.com
A ONG Animalviva, fez em 09 de fevereiro deste ano, na Praça da Sé, mais um mutirão para castração de gatos que (sobre)vivem na região. O trabalho é feito por veterinárias inglesas que dedicam suas férias ao bem estar de animais em estado de risco, castrando os mesmos para evitar uma explosão populacional. São muitos animais soltos na área e na cidade de maneira geral, alimentados pela misericórdia de algumas pessoas que se compadecem da situação de abandono desses felinos.
“ O trabalho dessas veterinárias é muito importante e se não fosse isso, não teríamos apenas dezenas de gatos, teríamos centenas” - diz um comerciante local que não quis se identificar. “Esses animais não merecem estar aí. O poder público precisa tomar uma atitude. São gatos e cachorros vivendo nas ruas sem assistência, a mercê de maus tratos e colocando a população em risco também. É um absurdo.” – conclui o cidadão.
Outro passante expressou sua admiração pelo trabalho exaustivo de tentar pegar os felinos para operar. “Os gatos são rápidos e inteligentes. Não sei como elas conseguem. Eu não consigo pegar nem mesmo meu gato em casa”, concluiu ele sorrindo.
Entre os risos e a admiração de passantes e comerciantes, as veterinárias instaladas em um apartamento, cedido para o trabalho por uma moradora local, conseguiram mais uma vez castrar 8 felinos, após um dia extenuante de trabalho.
Ana Claudia, presidente da ONG Animalviva, reclama da falta de pessoas voluntárias para ajudar a pegar os animais e do pouco ou nenhum auxilio do poder público municipal e estadual. “O custo que temos para anestesia, seringas, linhas de sutura, antibióticos e outros medicamentos, é custeado por doações de pessoas particulares. Precisávamos de mais ajuda para fazer um controle populacional mais eficaz dos felinos que vivem nas ruas da cidade” - conclui Ana Claudia.
Interpelada sobre a situação dos cães, pois, exatamente naquele dia estava um tumulto em virtude de uma ou duas cadelas no cio, o que estava provocando uma grande quantidade de briga de cães na praça - mais de dez cachorros entre eles alguns feridos, sangrando – A ONG Animalviva informou que infelizmente não possui meios de contenção para a castração de cadelas. Os felinos podem ser soltos após algumas horas, mas, cães precisam de maior assistência, informa Ana Cláudia, presidente da ONG.
Os transeuntes, residentes e comerciantes da Praça da Sé e adjacências ficam a espera da Célula Mãe, por ser a única ONG que dispõe de condições físicas para a castração das cadelas. Essa instituição já fez esse trabalho há alguns anos, nesse mesmo local conforme informações de Tatiana, moradora da região.
Conforme informações da Célula Mãe, uma única cadela pode gerar até 600 descendentes e um felino 2000 em apenas dois anos de existência. Portanto, urge que haja uma intervenção sistemática, com apoio do poder público, visando à castração dos animais que vivem nas ruas e em comunidades carentes.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
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