terça-feira, 2 de abril de 2019

Estive muito tempo ausente.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

"19/08/2009 às 18h41
Apesar de proibida, a pesca predatória com explosivos ainda é praticada no litoral da Bahia. As paredes de algumas casas da região chegam a rachar. E o sustento dos pescadores está ameaçado." Visite UOL Notícias

E nesse meio tempo, nada mudou!!!!!

O patrimonio natural do povo brasileiro é "explodido", diariamente e o poder público, simplesmente, faz de conta que não vê e não ouve.

São corais, tartarugas, golfinhos, cardumes inteiros de peixes entre diversos outros seres maritimos dizimados pelas bombas.

Diversos bairros de Salvador despertam com as explosões - todos os dias sem que nada aconteça.

Em uma inversão de valores, no entanto, se marginais explodem um caixa de banco, acodem imediatamente, diversas viaturas policiais e a notícia aparece em todos os jornais. Enquanto que, a nossa maior fortuna, a fauna e flora marittima, está sendo destruída aos olhos de todos e o Estado permanece omisso.

Por Magda Kaufmann

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Centro Histórico de Salvador em risco


Peço aos responsáveis pela conservação e proteção do Centro Histórico de Salvador, que atentem para o risco de incêndio nos monumentos tombados dessa região. Com o fechamento, para reforma, do quartel do Corpo de Bombeiros da Ladeira da Praça, o rápido atendimento a essa área ficou perigosamente comprometido.

Nunca é demais lembrar que as construções antigas possuem grande quantidade de madeira e instalações elétricas com pouca, ou nenhuma manutenção, o que transforma essa região, repleta de monumentos tombados, em um verdadeiro “barril de pólvora”.

Sugiro, com a máxima urgência, um veículo do Corpo de Bombeiros, em plantão permanente, nas proximidades do Centro Histórico de Salvador.

Por Magda Kaufmann

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O fumo ontem, o álcool hoje


Impossível deixar de fazer um paralelo entre as primeiras décadas do século 20 e o início deste século 21 no que se refere às drogas ditas “sociais”. Quem tem mais de 50 anos deve se lembrar de como as mídias bombardeavam a população com publicidade de cigarro. O cinema, outdoors e revistas estampavam os artistas soltando fumaça sexy, os machões musculosos com ares enigmáticos, os esportistas, os cowboys e as divas sempre acompanhadas dos pequenos cilindros brancos entre os dedos ou elegantes e longas piteiras. Entre eles, Marlene Dietrich, Clark Gable, Marilyn Monroe e dezenas de outros famosos que provocavam suspiros na população. Não existia produção de filme sem fumaça de cigarro ou charuto (ver aqui).

Na época, a mensagem era de que quem não fumava estava “por fora”. Bonito era aparecer nas fotos posando com um cigarro nas mãos. Entre os dedos, ele tornou-se símbolo de independência, aventura, prazer, sucesso e de aceitação social. E, por incrível que pareça, o fumo era associado à imagem do esportista. O marketing de cigarro atingia “em cheio” jovens que tentavam copiar seus ídolos e, em sua insegurança típica da idade, logo abraçavam a ideia e começavam a fumar. Para a indústria do fumo, quanto mais cedo começassem, melhor. Mais tempo de vida consumindo o tabaco.

O Estado arrecadava bilhões em impostos, a indústria tabageira gastava fortunas com publicidade, empregava muitas pessoas nas fábricas, e isto, aliado ao apelo de que o campo também dependia, em algumas regiões, do fumo, bastava para calar as vozes de quem exigia a divulgação das estatísticas e estudos sobre as mortes causadas pelo cigarro. Os dados eram guardados em segredo.

Cerveja a rodo

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o cigarro matou mais do que a soma de todas as guerras. A OMS afirma que, apenas no século 20, mais de 100 milhões de vidas foram ceifadas em virtude do vício (ver aqui).

Já o Atlas do Tabaco, da Sociedade Americana do Câncer e da Fundação Mundial do Pulmão, informou, durante a 15ª Conferência Mundial Tabaco ou Saúde, em Cingapura, que, apenas durante o ano de 2010, morreram 6 milhões de pessoas em virtude do tabagismo (ver aqui). O estudo apontou, também, que cerca de 80% dessas mortes aconteceram em países não desenvolvidos.

Hoje, presenciamos a leniência do governo brasileiro com outra droga – o álcool. A indústria da cerveja, bebida que praticamente faz a iniciação ao consumo do álcool, apontou um crescimento de 12% no ano passado, e o maior percentual foi detectado nas regiões Norte e Nordeste do país (ver aqui). As inúmeras publicidades da bebida atingem exatamente essa população que, ascendendo economicamente, se espelha em uma sociedade consumista, na qual beber é in. A mensagem subliminar é de que só se pode divertir e ser alegre com bebida, com álcool – beber é “massa”. A população, mais uma vez, atende aos apelos publicitários e se autodestrói (ver aqui).

As mensagens veiculadas nas diversas mídias contemporâneas atuam como no século passado. Só que hoje todo lar tem um aparelho receptor de imagens e somos assediados até dentro de nossas casas. São muitas as publicidades de cerveja – inclusive imagens subliminares da bebida. Durante a novela Avenida Brasil, dezenas de vezes, os protagonistas abriram uma garrafinha de cerveja, com toda naturalidade, como se isso fosse parte do dia a dia de pessoas ricas. Sem esquecer os jogadores de futebol do time “Divino”, dessa mesma novela, que faziam as comemorações do time sempre regadas a cerveja.

Dependência irreversível

A novela que sucede no mesmo horário, Salve Jorge, também conta com imagens que incutem no telespectador como é fino, elegante o ato de ingerir uma bebida alcoólica. Até mesmo em excesso, com cenas em que protagonistas se embebedam. Esse tipo de publicidade, inserida em um contexto no qual a maior parte dos que assistem ao programa e recebem a mensagem nem percebem ser publicitária, é muito perigosa e deveria ser proibida. Isso já acontece, por exemplo, na Europa, onde diversos países, já nos anos 1990, proibiram a veiculação da publicidade de bebidas com teor alcoólico e cigarro.

As mulheres, seja em virtude do estresse e da sobrecarga de trabalho, seja na luta constante pela autoafirmação, competindo com os homens, estão cada vez mais, somadas aos mais jovens, engrossando as estatísticas do consumo de bebidas alcoólicas (ver aqui). Todos esses fatos remetem ao século 20 e ao direcionamento da população para o consumo do fumo.

Só que, naquela época, quando começaram a divulgar o enorme número de doenças e a consequente mortandade provocada pelo tabagismo, a desculpa era a falta de informação e a afirmação de que as pesquisas sobre as doenças em decorrência do fumo eram guardadas a “sete chaves”. Contudo, atualmente, governo e população têm amplo acesso aos males pessoais e sociais provocados pelo alcoolismo (ver aqui). Não tem desculpa.

O álcool não apenas mata os que bebem. Causa uma dependência crônica, irreversível. O cidadão deixar de ser produtivo. O álcool causa acidentes, demência, mata, destrói famílias (ver aqui). A maioria das pessoas não sabe que basta a ingestão periódica de certa quantidade de álcool para, aos poucos, crescer gradativamente a quantidade e a consequente dependência do indivíduo, tornando-o alcoólatra. No Brasil, o percentual de pessoas adultas que bebe álcool em excesso já superou 18% em 2010 (ver aqui).

O governo na parede

Mais assustador ainda foi o resultado da pesquisa divulgada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), apontando que, já em 2005, 12,3% da população brasileira entre 12 e 65 anos eram dependentes de álcool. Significa nada menos que 5.799.005 pessoas alcoólatras já naquele ano no Brasil (ver aqui).

Muitos países lutam para controlar os problemas com o alcoolismo (ver aqui) e bebidas com teor de álcool são taxadas com altos impostos visando controle do consumo através do preço. Todas as nações onde existe um grande consumo de álcool per capita tratam o assunto como um grave problema social e econômico (ver aqui).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu e declarou, já nos anos 1950, o alcoolismo como doença. Nos últimos anos, essa organização acendeu o sinal amarelo para o Brasil, advertindo sobre o aumento do consumo de álcool dos brasileiros (ver aqui).

Passou despercebido pela população brasileira que as bebidas “frias”, de modo geral, teriam a alíquota de impostos majorados, mas, pasmem, a indústria cervejeira botou o governo na parede: se aumentar o imposto não vamos investir mais no Brasil. O governo cedeu (ver aqui). Fez um acordo e o aumento ficou para abril de 2013, parcelado em seis vezes. Uma “ajudinha” do governo federal à coitadinha da indústria cervejeira que emprega tanto e recolhe milhões em impostos (ver aqui).

Terreno para se expandir

A publicidade de bebidas vai continuar alimentando a mídia e angariando mais e mais consumidores. A Skol está lançando uma novidade: cerveja congelada, tipo sorvete. Assim, a história se repete – são os mesmos argumentos utilizados no século passado (ver aqui).

A Ambev (Companhia de Bebidas das Américas), que oferece dezenas de rótulos de cerveja como a Skol, Bohemia, entre outras, e que englobou a Antarctica e a Brahma, além de ser associada à cervejaria belga Interbrew, passou a ser a maior firma nacional em 21 de novembro, superando a Petrobras (ver aqui).

O governo continua privilegiando os interesses econômicos. A mídia não pauta a problemática como deveria por motivos óbvios. Se a mídia não divulga, a população não toma conhecimento.

Assim, da mesma maneira como ocorreu com o tabagismo no século 20, o alcoolismo vai encontrando terreno propício para se expandir no Brasil, em pleno século 21.

Por Magda Kaufmann


Publicado no Observatório da Imprensa em em 15/01/2013 na edição 729

quarta-feira, 11 de abril de 2012

sexta-feira, 6 de abril de 2012

PIB baiano cresceu abaixo da média nacional

A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) divulgou os dados relativos ao Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia em 2011. Conforme o informativo, a taxa de crescimento do PIB baiano durante o ano de 2011 foi de 2%, ficando assim, 0,7% abaixo da média nacional, que foi de 2,7% no mesmo período, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A mesma nota da SEI informa, também, que a indústria baiana teve um crescimento negativo de 2,9%. Mas, esse número negativo foi positivado, principalmente, graças às médias dos setores de agropecuária que cresceu 9,8% e o setor de serviços com 3,6%.

A estimativa do PIB da Bahia para 2012 é de alcançar uma média 3,7%.

Por Magda Kaufmann

Leão de olho nos cartões de crédito



A Receita Federal controla os valores gastos nos cartões de crédito e, todas as faturas acima de R$ 5 mil no caso de pessoas físicas e R$ 10 mil para pessoas jurídicas, têm as informações repassadas automaticamente pelas operadoras dos cartões para o Fisco que controla se as despesas estão compatíveis com as declarações feitas pelo contribuinte.

Isso gera problemas, principalmente às pessoas que costumam emprestar seus cartões de crédito para terceiros e, por apresentarem valores altos nas faturas, acabam caindo na malha fina, precisando dar explicações posteriores ao Fisco ou, na pior das hipóteses, até mesmo pagar multas.

Por Magda Kaufmann